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Três segredos para a sua comunicação interna bombar

Vivian Peres e Simone Bernardes

Memes, gifs, brincadeiras… Já falamos por aqui sobre como as redes sociais corporativas se transformaram em ferramentas indispensáveis na comunicação interna. Mas de nada adianta utilizar um canal bacana de forma pouco atrativa e clara. 


Já trouxemos aqui uma
matéria sobre influenciadores corporativos. Nela, apresentamos um conceito do livro O Ponto de Virada, de Malcolm Gladwell. Na obra, ele investiga o que faz um produto, uma ideia, um estilo de vida ou um comportamento viralizar. Um dos aspectos é a chamada Regra dos Eleitos. Os eleitos são as pessoas que aceleram a transmissão das informações. E essas pessoas existem também nas empresas.


Mas além do mensageiro, temos que nos preocupar com o conteúdo da mensagem. E o aspecto específico necessário ao seu sucesso é a “fixação”. "A mensagem – seja ela um filme, uma comida ou um produto – pode ser memorizada com facilidade? Será algo tão simples de lembrar que, de fato, consiga promover uma mudança? Será capaz de estimular alguém a agir? A Regra dos Eleitos diz que existem pessoas excepcionais capazes de iniciar epidemias. Basta encontrá-las. A lição sobre fixação é a mesma. Há uma forma simples de embalar uma informação que, nas circunstâncias certas, a torna irresistível. É só descobrir qual é.


Confira algumas dicas e aspectos importantes
para fazer a sua mensagem pegar.


1. Elementos lúdicos


Você está ali navegando no Instagram e de repente aparece um gif super engraçado. Ele chama a sua atenção para ler a mensagem, não é mesmo? Uma das maiores tendências hoje é a utilização de formatos que se aproximem da realidade dos interlocutores e que utilizem elementos lúdicos.


Sugerimos a utilização de uma linguagem descontraída, mais próxima das redes sociais. Claro que há momentos que pedem formalidade, mas quando o assunto é leve e alegre tem que ser tratado desta forma. Um anúncio de dissídio, por exemplo, fica muito mais legal em tom de comemoração do que de comunicado. 


Outro ponto essencial é passar as mensagens de forma completa, se antecipando a possíveis dúvidas e se certificando de que todos os pontos necessários para o entendimento estejam compreendidos. Se você está informando uma campanha de vacinação, por exemplo, tem que ter dia, hora, local, público-alvo, etc.


Além disso, é importante que seja uma via de mão dupla. Nada de a empresa falar sozinha. É importante abrir espaço para que os colaboradores divulguem suas conquistas e sejam reconhecidos por colegas e superiores neste ambiente altamente interativo com comentários e curtidas nas publicações. 


2. Gameficação


A gameficação é uma realidade, especialmente em atividades ligadas ao treinamento e à educação. O objetivo é trazer o universo dos jogos: pontos, insígnias, níveis e recompensas são alguns dos componentes amplamente usados atualmente pelas organizações com o objetivo de aumentar o engajamento.


Uma pesquisa da plataforma de ensino à distância Talent LMS, de 2019, mostrou a efetividade desse tipo de estratégia: 


  • Mais de 60% das corporações norte-americanas já usam gamificação em seus treinamentos.
  • 88% dos entrevistados afirmam que a gamificação os torna mais felizes no trabalho.
  • 78% dos entrevistados acham que as empresas seriam mais desejáveis se seu processo de recrutamento fosse gamificado.
  • Os elementos do jogo no trabalho fazem com que 87% dos funcionários se sintam mais conectados socialmente.


E engana-se quem pensa que usar estratégias de gameficação envolve necessariamente plataformas tecnológicas. É possível pensar neste tipo de atividade de forma totalmente analógica. Imagine um treinamento que envolva a criação de times e uma disputa divertida de recompensas físicas para as etapas mais marcantes do caminho? 

 

3. Transparência

Não podemos deixar de fora dessa lista a importância de ir direto ao ponto, sempre em busca de uma relação franca com os interlocutores. Em tempos de fake news, incertezas e medos, a transparência no ambiente de trabalho é mandatória. Se antecipar aos temas que podem entrar em debate informalmente, ajuda a eliminar o "diz que me disse" e a famosa "rádio peão", presente em todas as corporações. 


A agência de comunicação Edelman realiza uma pesquisa anual, chamada de Edelman Trust Barometer, em que mede a confiança de 28 países. A última edição, divulgada em 2020, traz os resultados de entrevistas com 33 mil pessoas, realizadas de outubro de 2019 a novembro de 2020. Merece destaque a expectativa de maior interlocução do público com as empresas: 


  • 86% das pessoas, não apenas colaboradores mas o público em geral, esperam que os CEOs se posicionem publicamente sobre temas de interesse da sociedade e da empresa como um todo.
  • 62% dos respondentes esperam que os consumidores e colaboradores sejam ouvidos pelas empresas e que tenham o poder de forçá-las a mudar.


Outro dado da pesquisa digno de destaque entre os profissionais de RH é que 84% dos respondentes disseram se preocupar todos os dias com a possibilidade de perder o emprego. Tudo isso mostra algo muito simples: as empresas devem olhar para si mesmas como parte de todo o entorno no qual estão inseridas. E é cada vez mais importante a comunicação com as equipes internas e com o público em geral. 


Os colaboradores precisam de segurança para desempenhar as suas funções, e os demais stakeholders também querem ter acesso à corporação. Neste contexto, a comunicação interna possui essencial importância. Todo o cuidado é pouco para evitar ruídos e garantir um relacionamento harmônico. 


Quer saber mais? Mande a sua dúvida para a gente, que vamos usar esse espaço para debater.


Conheça as autoras:

Vivian Peres

Vivian Peres

Fundadora da Interteia


Graduada em comunicação social pela Universidade Estadual Paulista  com pós‐graduação em relações internacionais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e MBA em marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing. Iniciou a carreira como repórter em algumas das mais importantes revistas femininas do país em 2001. Desde 2005, realiza atividades de comunicação corporativa, tendo prestado serviços para empresas como McDonald’s, Fisk, Arcor, Petrobras, Texbrasil/ Abit, Anbima, Iosco, Cietec, Anprotec, Hypermarcas e AVG, entre outras. Tem mais de 400 horas de experiência em gestão de projetos usando técnicas de design thinking. Fala inglês, francês e espanhol.


Simone Bernardes 

Coordenadora de conteúdo


Jornalista com pós-graduação em comunicação empresarial. Iniciou a carreira trabalhando com comunicação interna e endomarketing na Atento Brasil e logo em seguida na Transpetro, Petrobras Transporte, desenvolvendo campanhas, concursos e jornais para o público interno. Depois, fez parte do departamento de publicações empresariais da Trama Comunicação, onde produzia pautas redação e edição de matérias para os veículos institucionais impressos e online de empresas como Petrobras, Liquigás e Arcor Brasil. Atuou por sete anos na área de comunicação do projeto de internacionalização da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, o Texbrasil.

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